De 10 toneladas a 200 gramas, de 1 transistor a mais de 19 bilhões de transistores – a rápida progressão tecnológica nos últimos 70 anos.

Estamos envoltos em questões tecnológicas onde a popularização dos computadores faz com que cada um lide com esse novo poder de uma maneira diferente.

Estava vendo a história de um dos primeiros computadores da IBM, o IBM 701. Esse computador lançado na década de 50 pesava mais de 9 toneladas. Enquanto o peso dos celulares pode ficar em torno de umas 200 gramas. O poder de processamento do celular seria muito maior do que a maioria dos computadores do passado como o gráfico mostra. Sendo que o celular a pessoa carrega consigo aonde for com muita facilidade.

Os primeiros computadores eram guardados sob segredo de Estado e usados pelas forças militares para simularem coisas como explosões nucleares e também para quebrar criptografia inimiga. Hoje em dia com o celular esse poder de pesquisa dá a vez a vídeos e jogos que podem entreter e também levar as economias das pessoas embora. O celular pode também ser usado como um espião conforme países controlem essa tecnologia sem o conhecimento do usuário, mostrando o que acontece nas câmeras, microfones, GPS e triangulação das torres de dados.

Como a tecnologia pode ser usada para o bem e para o mal, as pessoas comuns não suspeitam muito o que pode acontecer quando usam algo assim. Já os governos se tornam paranoicos e tentam tirar vantagem disso, ao mesmo tempo que tentam dificultar o uso disso pelos inimigos. Disso surgem as barreiras tecnológicas onde de um lado ficam os países amigos dos EUA e do outro os países ligados a China. Agora que os carros se tornam “smart” (conectados e assim perigosos), eles passam a ser questão de segurança nacional. E assim vai acontecer com tudo que for conectado. Até eletrodomésticos. Imagina um microondas mais poderoso que um super computador do passado.

As bets no Brasil mostram como as pessoas mal intencionadas vão levar o dinheiro das pessoas embora. Mas também tem os golpes do Pix. As pessoas se tornaram “smart” for serem conectadas. A pessoa não é um objeto. Só que a pessoa pode ser usada como um por outras pessoas que talvez morem do outro lado do mundo.

Se o governo quiser regulamentar qualquer coisa em termos de tecnologia vai ter que pensar muito bem em como fazer isso. Existem questões bem complicadas e com o ritmo de inovação, a lei pode ficar defasada antes de ficar pronta.

Nos EUA quando o Poker online estava saindo do controle o governo agiu para proteger a população. O Poker online perdeu um pouco do poder, mas continuou operando de outros países. Mesmo assim, os EUA têm uma história com a jogatina legal já que existem cassinos que são aceitos pelo governo. Um dos problemas para a população americana está na inocência das pessoas que são levadas a fazerem depósitos por golpistas que moram no exterior. Para isso, basta estarem conectadas. Antes com um PC e recentemente com um celular. Os comerciais na internet acabam juntando vítima e golpista. O comercial para resolver um vírus no computador podendo levar a pessoa a acreditar em um golpista, por exemplo.

Ainda dos EUA vêm as lições de os órgãos públicos postarem conselhos para a população, informando quando algo aparentemente legal pode levá-las à ruína financeira. O governo se vê impossibilitado de proteger a população e o conselho pouco pode fazer para protegê-las. As pessoas assinam contratos que são verdadeiras armadilhas. E a justiça às vezes fica do lado dessas empresas golpistas que por exemplo vendem compartilhamento de condomínio que não servem pra nada além de enriquecer as empresas. A lição que fica é que não basta dar conselho enquanto as empresas se armam de tudo que é jeito para ludibriar as pessoas. O governo tem que ser bem mais proativo.

Tem muita coisa acontecendo em termos tecnológicos. As empresas trilionárias são empresas tecnológicas. Os políticos não estão necessariamente a par do que está acontecendo. E se os políticos como líderes não sabem, imagina as pessoas comuns.

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